domingo, 27 de março de 2011

"PEELING QUÍMICO SUPERFICIAL NA ESTÉTICA"



 
"OS PEELINGS QUÍMICOS SUPERFICIAIS SÃO UMA ALTERNATIVA A MAIS PARA DEIXAR A CÚTIS JOVEM, VIÇOSA E HIDRATADA.
 UTILIZANDO ÁCIDOS EM BAIXAS CONCENTRAÇÕES, O PROCEDIMENTO PRODUZ UMA DESCAMAÇÃO SUAVE, É EFICAZ E NÃO OFERECE RISCOS"


    Realizados com ativos em baixas concentrações, os Peelings Químicos Suaves são os mais indicados para serem manipulados e aplicados por esteticistas porque não apresentam riscos de lesões.
     O cirurgião plástico Rômulo Mêne considera que o profissional de estética é um integrante importante das equipes de dermatologia ou cirurgia plástica. Ele dá suporte na realização de procedimentos cutâneos mais simples como peelings superficiais.
     Comforme o especilista, esteticistas só devem realizar procedimentos que não removam a epiderme além do estrato córneo superficial (composto por células chamadas corneócitos). E mais, os peelings químicos devem ser realizados por esteticistas em concentrações específicas.
    Eles não oferecem riscos porque causam apenas descamação suave, diz o Dr. Mêne. Segundo o médico, o mais difícil é indicar o peeling adequado ao estado da pele. O número de sessões depende do tipo de peeling ou das alterações da pele. 
    Em geral, os ácidos com pH entre 3,8 e 4,2 são mais adequados, pois têm biodisponibilidade na pele. Além de hidratar, eles possuem leve ação queratolítica. 
    Peelings superficiais em série, realizados com pequenos intervalos de tempo, melhoram a textura, clareiam as manchas, amenizam as rugas finas e estimulam a renovação do colágeno.
    O Peeling Químico Superficial  age na epiderme, embora exerça parte de sua atividade na derme superficial ou papilar, através da ação da esponja que necessita estar em contato com a membrana basal.
    A descamação estimula a produção de colágeno e queratina, elementos que possuímos no organismo,  estimulando  a vasodilatação e renovando a epiderme que desprende células mortas da capa córnea- os corneócitos.
    A década de 90 produziu  medicamentos mais modernos, que somados aos produto mais antigos, fizeram o peeling ser o segundo método mais usado em cosmética média.







 INDICAÇÕES E BENEFÍCIOS






     Os peelings superficiais são próprios para o tratamento de certas ciatrizes de acne, fotoenvelhecimento e rugas finas. Eles também podem ser coadjuvantes  na despigmentação e no tratamento da hiperqueratinização (tendência à aspereza).
     São indicados ainda para preparar a pele antes da aplicação, da aplicação de lazer para combater a hiperpigmentação pós-inflamatória, queratoses, sardas (efélides), etc.
     Peles muito sensíveis ou queimadas de sol, que apresentam ferimentos ou infecções, não podem ser submetidas ao peeling.
     Entre os resultados oferecidos estão:

- Melhoria da textura e da uniformidade cutâneas;
- Clareamento;
- Maior equilibrio do manto hidrolipídico;
- Melhor controle da olesidade;
- Renovação celular e 
- Consequente atenuação das marcas de expressão.




                                                                          










CUIDADOS  FUNDAMENTAIS:


       É importante que o paciente não se exponha ao sol sem porteção durante e após o procedimento, uma vez que os ácidos deixam a epiderme mais fina e sensível aos danos solares.
     O Sol potencializa a ação dos ácidos provoca manchas e irritações diversas ou aumenta a vermelhidão da pele. É indicado o uso de FPS 30 várias vezes ao dia.
     Depois do Peeling Superficial é normal que a pele apresente vermelhidão suave, sensação de ardor, ressecamendto, repuxamento e leve descamação.
     
  AVALIAÇÃO CUIDADOSA É ESSENCIAL:

     Antes de indicar o tipo de peeling é preciso uma valiação precisa das reais necessidades cutâneas para evitar efeitos indesejáveis como Hiperpigmentação e Frosting (aspécto esbranquiçado que indica a denaturação das proteínas da pele).
     O Dr. Rômulo Mêne considera que peles com melasma, negras e asiáticas exigem protocolos de tratamento estético bem rigorosos.
     As Esteticistas podem adotar diferentes combinações de ativos para alcaçar os resultados desejados. Substâncias como Ácido Glicólico,  Vitamina C e ácido de Sementes de Flores ou Marinhos e Ácidos de Frutas com até 10% de concentração, ou ácido salicílico a 2% nas peles oleosas.
     Para o Dr. Rômulo Mêne, o Ácido Glicólico é uma opção segura e eficaz, que  desloca com precisão o estrato córneo superficial, sem agredir a pele.   
    "Ele age sobre a filagrina, substância que une os corneócitos  para evitar a penetração de agentes externos no interior  da pele. Além disso, impede a perda de água. O ácido deve ser retirado ao primeiro sinal de ardência, entre 1 a 3 minutos, para que a renovação da cútis se dê sem ferimentos".






PEELINGS EM SEQUÊNCIA:

       É indicado a aplicação em série de ácidos, com intervalos de 7 a 15 dias entre uma e outra sessão, para tratar marcas de acne, combater o fotoenvelhecimento e amenizar a hiperpigmentação. Os Peelings superficiais em série, nos quais se usam ativos diferentes, aceleram o processo de renovação cutânea e estimulam a produção de colágeno. Indica-se ao menos 6 sessões.
     Entre as vantagens estâo a ausência de ardência e o não-comprometimento da rotina diária, pois a descamação é discreta. Esta técnica equivale a um peeling químico superficial.
     
 ATIVOS QUE PODEM SER UTILIZADOS NOS PEELINGS EM SÉRIE:


 ÁCIDO RETINÓICO-  Para fotoenvelhecimento, acne, manchas e alterações da superfície da pele. O profissional de estética  poderá aplicá-lo em consultório médico e com orientação do dermatologista. As concentrações variam de 1 a 5%.
     Durante o Congresso, o Dermatologista norte-americano Dr. Albert Kligman revelou que em 1963 tentou criar o ácido retinóico a partir da vitamina A ácida e não teve sucesso. Porém, não tinha dúvidas de que atingiria o seu objetivo. E efetivamente há 19 anos sua pesquisa teve êxito e sua descoberta mostrou-se tão importante que hoje já podem se usados, coma as mais diversas finalidades, cerca de 2000 retinódes.
     "Quanto mais estudamos o Ácido retinóico, descobrimos um maior número de aplicações para substância. Na verdade, pode ser empregado  no tratamento de quase todos os problemas ligados à pele. Seus efeitos biológicos são inúmeros, dese o combate à acne, como na quimioterapia. 
     Foram minhas próprias pacientes que me apontaram o uso do ácido retinóico, como terapia anti-envelhecimento", comenta o Dr. Kligman.

ÁCIDO GLOCÓLICO- É um tipo de alfahidroxiácido, encontrado na cana-de açucar. Ácidos desse grupo: 
- LÁCTICO, contido no leite;
- MÁLICO, nas frutas ácidas;
- TARTÁRICO, nas  uvas.
     Esses ácidos podem ser aplicados como peelings sequênciais(4 a 6 sess). Melhora a textura da pele, atenua rugas, atua como coadjuvante para as substâncias despigmentantes e melhora peles hipercrômicas.
     As concentrações mais usadas por profissionais de estética têm maior ou menor atuação frente ao pH do produto: se o ácido glicólico for usado a uma concentração de 10% com pH 2, teremos uma biodisponibilidade (permeabilidade) do ácido na pele de 100%, se o pH for de 3,8 ou 4,2 a biodisponibilidade será de 35%, porque falamos de um pH mais próximo da  pele. Ao invés de penetrar 10% ele penetrará 3,5%.

 RESORCINA- Ou Resorcinol é um derivado fenólico que pode ser associado ao ácido salicílico (queratolítico) e ao ácido láctico em peelings superficiais. Juntos cusam a ruptura de ligações de corneócitos e consequente descamação. Em cabine de estética, a concentração em cosméticos é de até 2%.

ÁCIDO MANDÉLICO- Extraído da amêndoa amarga, seu poder antisséptico o diferencia dos outros alfa-hidroxiácidos. O uso tópico do ácido mandélico tem atividade cosmético-farmacêutica e poder anti-bacteriano.
     O Tratamento com Ácido Mandélico a 20% é menos agressivo, de melhor tolerância e produz resultados lentos, porém ótimos e seguros. A recuperação é rápida e os riscos de complicações quase nulos. Ele também pode ser aplicado em qualquer época do ano.
     Por todos esse fatores, é uma alterantiva de peeling para todos os tipos de pele. No Brasil, o ácido mandélico só é liberado a 10%.

ÁCIDO SALICÍLICO- Empregado como agente queratolítico, em concentrações de 3 a 5%. Ação antifúngica suave quando associado ao ácido benzóico. Para tratar acne e outras patologias onde há hiperqueratose, em concentrações que variam de 2 a 10%.
     Este ácido está sendo muito utilizado com o enfoque de tratamento no envelhecimento cutâneo e aplicado em cabine.
     Desde que foi descoberto em 1860, este ácido sempre esteve presente no arsenal terapêutico por  suas múltiplas aplicações. Recentemente, descobriu-se que além de suas propriedades queratolíticas, comedolíticas, anti-inflamatórias, anti-sépticas, fotoprotetoras e adstringentes, possuía ação importante no tratamento da pele danificada ou fotoenvelhecida.
     O Dr Albert Kligman (Dermatologista) confirma que o "ácido salicílico é efetivo na redução das rugas finas e linhas, além de melhorar a textura da pele, pois atua como exfoliante epidérmico.

     São muitas as opções para a realização de peelings na cabine de estética. Além, de manter a pele viçosa e livre de manchas eles causam uma descamação discreta e por isso não alteram a rotina diária.




CONSULTORES: DR Rômulo Mêne (Cirurgião Plástico)
 Dr Albert Kligman (Dermatologista)

 FONTES:  REPORTAGEM  DA REVISTA NOUVELLES ESTHETIQUES




Nenhum comentário:

Postar um comentário