terça-feira, 31 de maio de 2011

"OBESIDADE- CAUSA E EFEITO"


“A obesidade é um problema que atinge uma parcela cada vez maior da população mundial. Os diversos fatores que a desencadeiam provocam reações também diferentes. Para conhecê-los é preciso estar atualizado com os avanços da medicina nesse campo”.

a)   O EXCESSO DE GORDURA- Centraliza o problema num estrato corporal definido.
b)   DANOS À SAÚDE- Conceito de Enfermidade. Devido a sua patogenia, podemos dizer que existem múltiplas causas individuais ou coletivas, que afetam o indivíduo. Podem coexistir ao mesmo tempo, provocando a Síndrome da Obesidade.  


CAUSAS PRÓPRIAS DO INDIVÍDUO:

GENÉTICAS:
 A literatura mostra grande influência deste aspecto na perpetuação da Obesidade. Se os pais são normais, a probabilidade que um filho nasça obeso é de 10%. Se um deles é obeso, esta probabilidade aumenta para 40%. Já se ambos são obesos as chances de o bebê nascer obeso são de 80%.

METABÓLICAS:
 Atualmente, esta causa é bastante relevante, sobretudo quando o sedentarismo aparece como fator comum a maioria das pessoas.
 O funcionamento do metabolismo explica, por exemplo, o comportamento diferente em relação a alimentação, entre duas pessoas de igual sexo, idade e contextura. Ao ingerir quantidades caloricamente iguais de comida, o peso de uma delas aumenta e o da outra não, devido a velocidade com que o organismo manipula os alimentos.

ENDOCRINOLÓGICAS:
  Apenas 2% das causas de obesidade são desta origem, sendo o Bócio Hipotiróideo seu melhor representante. Também podemos encontrar Obesidade como sintoma de outras enfermidades como no caso do Cusing.






PSICOLÓGICAS: 
 É indubitável que este fator influi grandemente nos problemas de obesidade, como provocador de altas ingestões calóricas em resposta aos problemas de ansiedade. Não é freqüente encontrar na história clínica destes pacientes elementos que mostram dissociações entre fome-angústia, satisfação, alegria, frio, desassossego e outros, com comida.

PSIQUIÁTRICAS: 
 3% dos casos de Obesidade apresentam Bulimia ou Anorexia em sua história. Todo paciente bulímico ou anoréxico deve ser tratado somente por especialista, pois dentro da patologia psiquiátrica eles são considerados de alto risco.



CAUSAS DA RELAÇÃO DO 
INDIVÍDUO COM O AMBIENTE:

ÉTNICAS:
 Cada grupo racial, tem hábitos próprios de sua cultura, elementos a considerar fortemente no momento da escolha do tratamento mais adequado.

CULTURAIS:
 Os hábitos adquiridos na sociedade em que estamos inseridos, induz ao consumo de comidas industrializadas, de alto conteúdo calórico. As calorias podem aparecer em menor ou maior quantidade e a importância que a sociedade dá a alimentação e ao tipo de alimento ingerido também são fatores influenciadores.





SOCIAIS:
 10% da população de adultos nascidos no Chile, é obesa. Destes, 22% são de classe média e 40% de classe com menores recursos, situação que se repete ao longo de toda a sociedade ocidental. Este fenômeno mostra que a distribuição dos recursos econômicos acarreta diferenças na qualidade dos nutrientes consumidos pelas várias camadas populacionais.
Por outro lado, iremos nos referir aos diferentes tipos de obesidade e seu diagnóstico, com a finalidade de dar e conhecer a variedade e complexidade com que o médico especialista se depara, além de como deve tratá-la posteriormente.



DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO

 
OBESIDADE ANDRÓIDE:


 Este tipo de obesidade atinge mais homens, geralmente adultos, cuja disposição de gordura é de preferência víscero-abdominal. Esta colocação lhe concede uma peculiaridade especial, pois é freqüente encontrar neles problemas nos níveis de colesterol ou triglicerídeos, dando-lhes as características de ser hiperlipidêmicos, diabéticos e/ou hipertensos; candidatos seguros a aumentar o número de cardiopatias.

OBESIDADE GINÓIDE:

                                        

É característica das mulheres com localização da camada gordurosa na zona glútea, o que é conferido por um fator genético preferencial. Dada esta qualidade, tanto o seu tratamento quanto sua remoção são difíceis.

OBESIDADE MIXTA:
Apresenta as duas características. Para alguns autores  ainda existe uma quarta caracterização. Ela corresponde à distribuição abdominal pura, e é chamada de Obesidade Abdominal.



DE ACORDO COM O
TEMPO DE APARIÇÃO:
OBESIDADE INFANTIL:

 Corresponde a um capítulo especial dentro da Obesidade, pois sua complexidade de manejo e tratamento a fazem particularmente diferente.

OBESIDADE DO ADULTO:




 É freqüente sua aparição em mulheres e homens que têm sua vida sedentária. De acordo com a distribuição da camada gordurosa se apresentará uma tendência de maior ou menor relevância no Tratamento.


DE ACORDO COM TIPO CELULAR:

OBESIDADE HIPERTRÓFICA:
 Refere-se ao tipo de obesidade na qual o número de células adiposas está aumentando. Freqüentemente aparece em conjunto com a obesidade da infância.

OBESIDADE HIPERPLÁSICA:
É aquela em que o tamanho de cada célula está aumentando. Observa-se na obesidade do adulto. É necessário destacar que também são encontradas formas mistas desses problemas.




DIAGNÓSTICO:
 
Uma boa história clínica à tecnologia atual facilita o diagnóstico da obesidade. Isso permite um resultado quantitativo indireto bastante próximo da quantidade de gordura corporal que cada pessoa possui.
Esta é a razão pela qual os elementos tradicionais no diagnóstico de obesidade têm permanecido em segundo plano, como é  caso da medição de peso em balança, que tem como único parâmetro o uso de tabelas comparativas.
Sem dúvida, é necessário manifestar que, na falta de outra tecnologia diagnóstica, ainda é válido seu uso. Todavia, são utilizadas as tabelas de Taucher e Valiente – ambos professores do INTA da Universidade do Chile – que fizeram divisões do peso com um máximo e um mínimo, segundo estatura e sexo. Além disso, a partir da tabela de peso com influências dos Estados Unidos eles fizeram, em 1995, uma tabela de peso com divisão por idade, o que lhe confere maior especificidade.
Dado que o conceito de peso ideal, para a idade, estatura e sexo é muito variável e depende de outras variações múltiplas, como as descritas no início do texto, foi enfocada a utilização de um critério mais padronizado, como o índice de Massa Corporal.
O B.M.I, sigla em inglês para Body Mass Index, é um fator matemático que divide Peso e Altura, e classifica a normalidade da seguinte maneira:
B.M.I. até 25 – normal em homens
B.M.I. até 24 – normal em mulheres
B.M.I até 27.3 – sobrepeso em homens
B.M.I. até 27.5 – sobrepeso em mulheres
B.M.I até 40 – obesidade em ambos os sexos
B.M.I superior a 40 – obesidade mórbida



Esta metodologia divide por diferença elétrica a massa gordurosa da que está livre de gordura. O método permite dimensionar os quilos de gordura de cada paciente, de tal forma que a nova classificação diagnóstica de obesidade por Impedanciometria é a seguinte:

  Acima de 25% de gordura corporal no homens = Obesidade
Acima de 30% de gordura corporal na mulheres = Obesidade

Durante 1995, a Sociedade Chilena de Obesidade, em conjunto com um grupo de médicos italianos e a empresa privada, começou uma experiência para detectar a obesidade que se basei numa metodologia de 10 anos de desenvolvimento na Itália com um software que faz um estudo Comportamental Triplo da Composição Corporal. Ele divide os segmentos corporais segundo quantidade de massa muscular, massa gorda e massa óssea; o que tecnicamente faz uma análise muito mais próxima da probabilidade e aproveita a mesma classificação anterior.
É necessário destacar que segundo as “Normas de Tratamento de Obesidade” aprovadas em 1994 pela Sociedade Chilena de Obesidade, todo paciente Obeso antes de iniciar o tratamento deve ter feito exames de Hemograma, Perfil Lipídico, Eletrocardiograma, Perfil Tiróideo e Impedanciometria – se a tecnologia estiver disponível.



TRATAMENTO:











FONTES:  Revista Up to Date, Dr Victor Saavedra Gajardo
Médico Cirurgião. Sócio Ativo das Soc. Médica de Santiago e
Soc. Chilena de Administração Médica e Hospitalar
Socio Fundador da Soc. Chilena de Obesidade....

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